A EFA- Estrada de Ferro Araraquara foi uma companhia ferroviária paulista criada em 1895, quando um grupo de fazendeiros do Oeste Paulista obteve, com o consentimento da Companhia Paulista a concessão para a construção de uma ferrovia ligando a cidade de Araraquara à fronteira com o Mato Grosso com o intuito de explorar o potencial do agronegócio no Oeste Paulista. As obras foram iniciadas em 1896, e em 1899 já chegavam a Capela(atual Matão). Em sua máxima extensão a ferrovia contava com 421Km em sua linha tronco, tendo a última extensão sido inaugurada em meados de 1952.
A companhia tornou-se conhecida pela fraude contábil que deixou seus acionistas às escuras, com atrasos de dividendos e ocultação dos resultados financeiros da empresa, que estava escondendo os resultados do Ramal de Tabatinga e a extensão para Rio Preto, que não estavam dando os retornos esperados. A descoberta das práticas fraudulentas levou a EFA à falência em 1914; os credores, no entanto, ainda conseguiram com que as obras do Ramal de Tabatinga fossem concluídas em 1915, enquanto a massa falida foi adquirida em 1916 pela São Paulo Northern Railroad Company- cuja administração desastrosa resultou na desapropriação da ferrovia e sua encampação pelo Governo do Estado de São Paulo em 1919.
Recebendo vultosos investimentos estaduais entre os anos 1930 e 1950, a EFA tornou-se conhecida por ser um raro caso de integração promovido pelas empresas no período antes da RFFSA/Fepasa. A ferrovia, então de bitola métrica, reformou toda sua Via Permanente para a bitola larga, para facilitar o transporte de mercadorias e passageiros entre as duas empresas, que antes precisavam realizar custosas baldeações em Araraquara, devido à incompatibilidade operacional. A Companhia terminou por ser incorporada à Companhia Paulista em 1967, e posteriormente passaria a fazer parte da Fepasa em 1971. Em 1998 suas linhas foram repassadas à Ferroban, que manteve o transporte de cargas e provisoriamente o de passageiros até 2001; e em 2006 passou à ALL Malha Norte. Em 2014, passou à administração da Rumo Logística, que promoveu o restauro de boa parte de trecho, que encontrava-se em péssimo estado devido à má manutenção decorrente da falta de recursos da Ferroban e sua sucessora ALL.
Imagens:
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Estação de Catanduva-SP
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Armazém ferroviário de Araraquara-SP; marco zero da ferrovia
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Locomotiva GP9 da EFA(à frente) ao lado de outra de mesmo modelo com a pintura Fepasa Fase I(ao fundo)
![15714-MLB20107481327_062014-O[1]](https://i0.wp.com/www.ferreoclube.com.br/wp-content/uploads/2016/06/15714-MLB20107481327_062014-O1.jpg?resize=300%2C166)
Modelo HO de fabricação Frateschi de um carro de passageiros da E.F. Araraquara
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Trem de passageiros da EFA em Araraquara-SP
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Último trem de bitola métrica da EFA em Catanduva-SP no ano de 1955, pouco antes da troca de bitola da ferrovia de 1,00m para 1,60m

Estação ferroviária de Mirassol, em 1933
Fontes: Ferreoclube(http://Http://www.ferreoclube.com.br); Estações Ferroviárias(http://Http://www.estacoresferroviarias.com.br); Livro As Ferrovias do Brasil nos Cartões Postais e Álbuns de lembranças- Gerodetti, João Emílio.